Resumo do livro Quincas Borba
Quincas Borba, publicado em 1891, é o segundo romance de Machado de Assis na chamada “trilogia realista”, que começa com Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). A obra segue a linha crítica e irônica do autor, com foco no pessimismo e na análise das mazelas da sociedade de seu tempo, mas sem deixar totalmente de lado traços do romantismo. Ao contrário do romance anterior, Quincas Borba é narrado em terceira pessoa e apresenta Rubião, um jovem ingênuo que, após conhecer o filósofo Quincas Borba — personagem de Memórias Póstumas — torna-se seu discípulo e herdeiro.
A história gira em torno de Rubião, que, ao ser seduzido pela filosofia do Humanitismo (uma doutrina fictícia criada por Quincas Borba), acaba sendo manipulado por seu amigo Cristiano e sua esposa Sofia. Ao longo da trama, ele experimenta na pele os princípios dessa filosofia idealista, mas distorcida pela ganância e falsidade dos outros personagens. O romance explora, com sutileza e ironia, temas como a corrupção, a ilusão de poder e as fragilidades humanas, refletindo a crítica mordaz de Machado de Assis à sociedade brasileira do século XIX.
Quincas Borba continua a herdar a tradição realista da obra anterior, mas, ao mesmo tempo, vai além, apresentando uma narrativa mais elaborada e personagens complexos, cujas motivações e falhas são desnudadas de forma irônica e perturbadora. Este é um dos livros mais importantes de Machado de Assis, que segue sendo estudado e admirado por sua profundidade e relevância atemporal.
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